Neste dia de Natal de 2011, fiquei triste e até indignado
com um papel colocado nas portas da capela do Mártir S. Sebastião, que me
pareceu não estar assinado, referindo que um tal “povo” queria a capela
pintada.
Não compreendi a mensagem, nem a quem se dirigia. No entanto
penso que esse “povo” não deve representar a totalidade da população de
Britiande, pois pelo menos eu que não me revejo nessa atitude nem nessa necessidade,
mas tenho uma opinião pessoal e que aqui quero expor.
Quando alguém insatisfeito com algo ou com alguém, deve
colocar frontalmente e abertamente a sua opinião ou discordância nos locais
certos e com as pessoas certas, e não esconder-se cobardemente numa designação
de “povo”, o que envergonha a própria freguesia, pois no máximo, poderá
representar umas quantas pessoas que deveriam identificar-se.
No que diz respeito à intervenção que se fazem em monumentos
e edificações públicas ou religiosas, devem ser feitas pelas entidades competentes
com o apoio destas e dos cidadãos das próprias comunidades. Neste caso seria
mais inteligente consultar essas entidades e até disponibilizar, por exemplo a
tinta ou a mão-de-obra, pois outros apoios viriam, como aconteceu noutros
tempos, e, até com o apoio da Junta de Freguesia.
Ao longo dos anos, todos têm usufruído daquele espaço, quer servindo
de casa mortuária, quer no seu exterior servindo de apoio ao bar das comissões
de festas.
Penso que, com toda esta actividade, muita gente pode colaborar
na manutenção deste espaço, não só este como até outros na freguesia.
Por isso a minha indignação pois todos nós usufruímos, todos
desgastamos, muitos criticam, mas poucos ajudam...
Simão Gomes