sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Preocupações do secretário da Junta de Freguesia de Britiande



Estive na assembleia municipal do dia 22 de Fevereiro de 2008, em substituição do Sr. Presidente de Junta. Senti-me um pouco deslocado no que diz respeito aos valores democráticos e cívicos de um cidadão, quando confrontado com ataques pessoais entre o Sr. Presidente da Câmara e um membro da bancada do Partido Socialista Dr. Agostinho Ribeiro.
Digo que me senti deslocado, porque naquele órgão, devemos discutir questões políticas e de interesse para um concelho, e, para mim em particular, questões de elevada importância que se prendem com a minha freguesia.
Já na parte final da assembleia, foi apresentado o Plano Urbanístico da cidade de Lamego e as propostas dos Planos Urbanísticos de 4 freguesias, que já se consideram urbanas, como aliás é reconhecido por todos, são elas: Cambres, Sande, Britiande e Valdigem.
Foi então mostrada a proposta do Plano de Urbanização (PU) de Britiande, o qual eu já conhecia, pois esta junta tem vindo a trabalha-lo com o Município e entidades competentes já desde 2001, ainda com o anterior executivo. Pareceu-me que tudo estava como dantes, no entanto, é nossa vontade que este plano seja rapidamente aprovado e posto em prática, pois liberta algumas áreas para construção e consequentemente fixação de novas famílias em Britiande.
O Sr. Presidente da Câmara ao falar sobre a questão, pôs claramente em causa a viabilidade de crescimento desta Vila, alegando que não há dinamismo empresarial em Britiande, mostrou desconhecer e ignorar os empresários de Britiande e todo o seu trabalho, dizendo ainda que a Farmácia e o Banco ainda cá estão por causa do Posto Médico, como se fossem os respeitosos reformados e doentes a movimentarem esta vila. Disse ainda que em Britiande é difícil adquirir terrenos por serem muito caros e que as freguesias de Ferreirim e Cepões têm apresentado mais projecto de construção do que Britiande.
Uma vez mais digo com preocupação que de facto Britiande é incómodo, não só pela qualidade empresarial, cultural e humana, mas também pela sua estratégicas situação Geográfica (proximidade do Eixo Viário de grande interesse e utilidade que é a A24). É verdade que os terrenos são caros, porque têm qualidade e o que tem qualidade é caro, mas também porque não existem áreas livres para construção, existirão sim depois do PU aprovado. Este documento é muitíssimo importante para a freguesia, cria uma maior Urbanidade e Mobilidade da mesma e aí sim, crescemos mais e melhor, dando qualidade de vida a quem cá vive. Soube ainda que em vez da via apontada na proposta do PU que ligaria a Estrada Nacional 226 à Zona Industrial, vai ser alargada a actual estrada o que provoca custos e problemas de alargamento em alguns sítios onde existem já implementadas habitações, como exemplo o Lugar dos Banhos, assim é difícil a referida mobilidade e dinamismo empresarial até a podemos pôr em causa.
Quero, como membro autárquico e como cidadão partilhar com todos os Britiandenses e aqueles que aqui têm o seu negócio, estas minhas preocupações. Para que quando for necessário lutemos pelos interesses da nossa freguesia sem olharmos à cor partidária, mas sim pela freguesia, orgulhando-nos da nossa história. A importância de Britiande já vem dos seus antepassados, foi sede de concelho até ao início do século XIX. O pequeno município era constituído apenas pela freguesia da sede e tinha, em 1801, 363 habitantes. Termino com este pensamento “antes ser um pequeno político do que um grande politiqueiro".

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